![Guine_Fa_JorgeCabral_Bajudas[1].jpg](http://agualisa5.blogs.sapo.pt/arquivo/Guine_Fa_JorgeCabral_Bajudas[1].jpg)
Do mesmo honorável académico (Prof. Jorge Cabral)
aqui referido (na entrevista sobre a mutilação genital feminina), transcrevo
daqui, este naco das suas memórias eróticas de ex-combatente na Guiné-Bissau:
Bissaque era uma aprazível aldeia balanta. Logo nessa noite, à volta de uma fogueira, reparei na beleza das raparigas, tendo passado a frequentar semanalmente a Tabanca, numa acção sócio-erótica, a qual consistia numa "esfregação" mamária às belíssimas bajudas. Habituado às bajudas mandingas, verifiquei experimentalmente a superioridade dos seios balantas, tendo, e disso me penitencio, contribuído para um conflito étnico-mamário. (*)
Afim de me redimir, em Janeiro de 1970, de férias em Lisboa, comprei 35 "corpinhos" (soutiens) no armazém Fama, sito à Calçada do García, junto ao Rossio, onde agora se reúnem os guineenses. Coincidência?
Premonição? Lembro a perplexidade do empregado do armazém, quando lhe pedi os 35 soutiens de todos os tamanhos e cores.
Regressado à Guiné, em plena Tabanca de Fá Mandinga, organizei a festa do corpinho, para a alegria das bajudas, que envergaram o seu primeiro soutien.
Tivesse esta história acontecido nos dias de hoje, e certamente sentiria dificuldades no aeroporto, até porque os soutiens constituíam a minha única bagagem. Armas secretas? Indícios de terrorismo? Não sei mesmo, se não teria ido parar a Guantanamo.(*) Diga-se que a etnia balanta (como a manjaca e outras), animistas, diferentemente da etnia mandinga que é islamizada (como a fula), não pratica a "mutilação genital feminina" (na Guiné designada como "fanado").
Imagem: O Prof. Jorge Cabral quando
bem acompanhado e jovem, na guerra colonial na Guiné-Bissau (1969/1971).