
Os Partidos, esse bem necessário e fundamental na democracia, desempenham mesmo nas eleições presidenciais, que teoricamente são candidaturas unipessoais e independentes, um poderoso poder de suporte no cumprimento das formalidades logísticas, de apoio e de financiamento imprescindíveis á efectiva igualdade de oportunidade de sujeitar-se à escolha pelo eleitorado.
Um candidato suprapartidário, mesmo recolhendo apoios transversais nos vários eleitorados partidários, está, à partida, diminuído na capacidade do apoio das máquinas partidárias no cumprimento das necessidades e formalidades eleitorais, em todas as suas fases.
Este é o principal mérito e handicap da candidatura de Manuel Alegre, além dos seus méritos e defeitos próprios como homem, como candidato e como político onde outros metem a máquina partidária a funcionar, ele tem de recorrer à congregação expontânea e voluntarista de quereres. Assim, Manuel Alegre depende mais, para o seu sucesso, dos seus apoiantes que os candidatos dos partidos. E um candidato rebelde só conta com a energia rebelde (não conformista) de quem não quer ver a política estagnar no pântano do jogo das escolhas pré-estabelecidas nos quartéis-generais partidários.
Foi assim com a recolha de assinaturas na propositura da sua candidatura. É assim no suporte das despesas da campanha, tem de ser assim no apoio ao muito que falta fazer para que a voz do candidato chegue aos cidadãos e o acto eleitoral decorra com isenção e normalidade. Porque apoiar Alegre à Presidência não é delegável noutros, muito menos em máquinas. Tem de ser obra de cada um e de todos os seus apoiantes, aqueles que, por livre vontade, se libertaram das tutelas dos mandos partidários.
Uma tarefa importante e urgente é a designação de
delegados da candidatura de Manuel Alegre nas mesas de voto a funcionarem em 22 de Janeiro e na segunda volta. Para os candidatos partidários, esta designação inscreve-se na sua rotina eleitoral - lá estarão os do costume. No caso da candidatura de Manuel Alegre, têm de ser os seus apoiantes, de uma forma voluntária e amadora, que, como no resto, têm de suprir as necessidades. Em que a energia da vontade de cidadania compensa e ultrapassa a energia da rotina do tarefismo partidário.
Pela primeira vez, vou cumprir em 22 de Janeiro e na segunda volta, disponível e alegre, esta tão simples como importante missão de ser delegado de uma candidatura numa mesa de voto. Venham daí muitos mais, porque a cidadania só o é se por todos for partilhada. No caso, em cada freguesia, os disponíveis devem contactar o delegado da candidatura (em alternativa, inscreverem-se como apoiantes
aqui e aguardarem contacto).