
Uma gruta. Uma gruta que se abra frente aos olhos e me agarre os dedos, tapando-me a memória e escondendo-me os medos do futuro. Mas uma gruta que seja uma gruta sem fim. Também sem começo. Para que nela não entre nem dela possa sair. Apenas estar lá o tempo que sacie o apetite de lá estar. O exacto tempo de repouso, com as emoções transformadas em almofada para lhe pendurar o cabelo. Em que o prazer e o pânico da solidão acabe o jogo empatados a zero. E ainda sobre para sonhar. Sonhar. Poucochinho mas alguma coisa. É pedir de mais? É. Eu sei. Mas não desisto. Uma gruta. Com água lisa, é claro.
Bom fim-de-semana para todos vós. Para mim, também.
De
Ana a 8 de Janeiro de 2006 às 21:29
Literatura ? Sim, Poema também.
Sonho e utopia.
Lindo. Estou embevecida.
De
E.T. a 8 de Janeiro de 2006 às 01:01
ora bolas, então ninguém comenta este belo texto? Isto é literatura da melhor, meus amigos.
Bjsuuus
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