Sim, a
Ana tem toda a razão, quando disse com sabedoria feita companheira e esperança:
Os sonhos são como a Fenix, mesmo quando morrem na praia, hão-de ter outro tempo de ser sonhos.Tanto é assim, que as penas com que nos depenaram as asas no momento do sonho foram rijas e duras de arrancar. Ameaçámos voar e como, só por isso, incomodámos a velharia (política) instalada, gorda e míope! Na direita, por motivos de interesse de desforra. Na esquerda, nesse imenso e gordo arco partidocrata custoso de reciclar, sentado nos anafados intelectuais conformistas do contra mas basbaques de verem a banda passar, gostando de pisar as pegadas marcadas pelos da nomenklatura desde aquela à jerónimo, com bochechas ou com feitio de bloco.
Todos os que temos os sonhos da poesia de acreditar em Portugal e nos portugueses, mantemos a Alegria de acreditar num mundo melhor. Veremos como, agora, lá chegar. Mas acredito que vai haver cais para poisar tanto desejo de mudança que carregámos nos ombros deste caminhar.
Estou cansado e triste. Mas com uma vontade danada de continuar alegre. Mais que nunca estive, estou triste e alegre. E agradeço, pelas forças que me mantêm o sorriso na derrota, nesta morte na praia, àqueles que me ajudaram, na blogosfera, a chegar aqui e querer continuar a teimar. Se me permitem, ficam agradecimentos especiais (contando com desculpa pelas injustas omissões) aos companheiros mais persistentes em cantar a alegria do nosso sonho os do
Tugir, ao
Carlos Gil, à equipa do
Blogame Mucho, ao
Pedro e ao
Cantigas do Maio.
Se o tempo é de os porcos atravessarem a praia, deixemo-los passar. A praia ainda vai ficar limpa por obra de nova maré. Voltaremos. Para navegar. E sonhar.