Sábado, 28 de Janeiro de 2006

CONSELHOS PARA A CRISE COM A TELMA

casal.JPG

Pior que o frio, para uns tantos a somar a “nervoseira” do derby, é saber como as coisas andam mal entre o Carlos e a Telma.

Amigo que sou do Carlos, muito gostei saber que ele tinha acasalado com a Telma e que é irmã gêmea da Catherine que eu cavalgo quando as estradas se me abrem em disponibilidade de convite, a mor das vezes não passando de voltas chamadas dos tristes, género rapidinhas de ir-me e vir-me, mas sempre feitas com gosto, alguma nobreza e nenhum espavento que isto já não dá para concursos maratonistas de pós-adolescentes (ah, e a Andaluzia sempre aqui tão perto…).

Diga-se que ela, a Catherine, também só me deixa arrancar quando está pelos ajustes e não foi uma nem duas vezes que deu negaça de bateria descarregada a assinalar que a cabeça lhe doía e não estava virada para a brincadeira.

Pois o Carlos meteu-se em arrufos com a sua Telma, o que é bem pior que a ameaça do frio ou, ainda pior, um presságio sacrílego de mau resultado quando a noite cair. Mas se o frio está longe de ser o que ameaçaram, também o resultado não será assim tão bera. E tudo voltará a bem pelas bandas de Almeirim, uma ligação mais madura e menos explícita na teimosia da Telma em mal se adaptar às orvalhadas da lezíria.

Bem sei que a “gasosa” está cara, cada vez mais e à beira do impagável, mas espero que o Carlos, homem de excessos e de radicalidades (não fosse assim, não se teria metido em “campanhas alegretes”), compensando arritmias de entusiasmos desvairados com fugas de desânimos de caixão à cova, não se lembre de enfiar uma valente “sopa da pedra” para dar ânimo à fiel mas exigente Telma. No amor, como em tudo, só o romantismo nunca é um excesso.

Carlos, experimenta dar-lhe uma flor. Ou faz-lhe um poema. E deixa a Telma olhar o frio liso da lezíria. Depois, quando a vires de faróis repousados, avança. Devagar, mas decidido. Vais ver que nem precisas de carregar no botão do “start”. Talvez a agarres, talvez não.











publicado por João Tunes às 17:26
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5 comentários:
De mangusso a 29 de Janeiro de 2006 às 23:05
:-) ;-)
etc e tal


De Ana a 29 de Janeiro de 2006 às 17:05
Se o seu amigo traz amizade pendurada nos olhos e alma nas letras, só pode ser uma excelente pessoa. Ainda por cima, marcado pelas areias do Índico, traz tudo o que é sonho e beleza, acredito. Eu só vi o Índico uma vez, em Mombaça e fiquei prisioneira dos seus encantos. Do Oceano, da terra d´África, dos horizontes largos, dos cheiros, dos céus da noite e das estrelas. Acho que poderia viver em qualquer canto de lá, que tivesse mar por perto.
Bem, deixemos escrever o mangusso, como diz.
Abraço para si.


De Joo a 29 de Janeiro de 2006 às 15:30
Ana, já não estou tão optimista como quando mandei post, depois de ler o comentário-queixume do Carlos. Estou com ele, o Carlos: quando "uma Telma" arrefece o "motor de arranque" não há flor nem poesia que a arrebite porque isso é sinal irreversível de desamor. Claro que também não concordo em que lhe seja dada martelada na cabeça, isso não. "Chová-la" talvez, sobretudo se houver arte para a engatar em performance suave como parece ser a intenção do Carlos. Mas para a levar direitinha a especialista sexo-mecânico que lhe trate da frigidez. Vc não conhece o Carlos, eu conheço-o pouco, entendendendo-o quase nada, gostando-o muito, talvez por ele ser mangusso anarca que traz amizade pendurada nos olhos. Cada vez que estou com ele, estamos com pressa de nos despedirmos para nos encontrarmos uma próxima vez que não tarde. Até acho que as areias do Índico o transformarem numa espécie de enguia marcada para se tornar em caçador eterno de sereias-pitas e, sendo assim, ele não suporta o meu olhar austero de mais velho. Quanto à Telma, sosseguemos todos, ela vai acabar às boas nos braços deste campino índico. Pelo sim, pelo não, acompanhemos os próximos capítulos (o mangusso escreve bem com alma nas letras, deixemo-lo escrever). Schiuuuu. Abraço para si.


De Ana a 29 de Janeiro de 2006 às 13:40
Bem aconselhado João: flores ou poesia, não há Telma que resista.


De Carlos a 28 de Janeiro de 2006 às 18:42
Isto já lá não vai com flores, João... talvez umas marteladas naquela cabeça dura, engatá-la para uma perfomance suave e 'chová-la', 'chová-la' até lhe passarem os maus humores e o seu digníssimo %#"& motor de arranque se digne dar um ai de vida! esta gaja promete mesmo ser paixão...


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