Com este
post, se calhar, a subtileza acobardada foi tanta que não deu para perceber que o meu fascínio teve muito mais a ver com a beleza da foto (como bonita ela é!) que a legenda mal remendada. Oportunidade que não quis perder para meter mais uma gota do meu fel de estimação. Afinal, apenas uma provocação estética. Inocente pela culpa atávica do feitio, apesar do fel, esse sim, adulto e sujeito a julgamento. Mas, garanto, se me perdi, fi-lo por amor de espanto perante uma boa fotografia (e não é?).
Mas os comentários de duas consideradas visitantes (a
Susana e a
Ana) deram-me para pensar. E em coisas mais sérias que a eventual ventura fotográfica do construtor inspirado daquele fresco de mulheres. Porque pressinto que, atrás e mal escondido, há um bloqueio de vitimização, metendo sempre em cima da mesa o que foi e o que falta vir, desprezando o que se andou e que só me parece poder ser um embaraço (ou cansaço?) no caminhar. Metendo nevoeiro na diferença atrasada e que nos devia incitar (não?) a gritar às companheiras mais vagarosas e mais presas ao embaraço das vestes negras (pudera!): porra! andem e caminhem!. É que, sejamos francos, isto não é um sinal, um dos sinais, da maior fraqueza ocidental perante os bárbaros com o dinheiro do petróleo que vendem às multinacionais esfumar os nossos avanços conquistados pulso a pulso para lhes darmos o benefício da relativização das diferenças?