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Voltando à figura singular e marcante da gesta de africanização do espaço colonial de usurpação portuguesa, devolvendo África aos africanos, por Mário de Andrade e que
aqui tratei (*), a não perder a espantosa nota de encontro e de biografia elaborada por Fernando Correia da Silva e transcrita no blogue do meu amigo e académico guineense
Leopoldo Amado.
(*) Lembro um parágrafo:
Só lendo e entendendo o labor de formulação política de Mário de Andrade, é possível procurar perceber como foi possível que, do seio de sociedades coloniais primarizadas, sem elites minimamente significativas entre os nativos, elaborando o florescimento prolixo e contraditório do nacionalismo africano e juntando-lhe (depois libertando-se do seu constrangimento) a experiência do antifascismo metropolitano, com a sua matriz marxista, foi possível combater e vencer o colonialismo europeu mais persistente e mais resistente, mais fechado e mais serôdio (e que, ao resistir durante treze anos pela guerra sem quartel, acabou por dar a outra componente de identidade, estruturação e consistência à causa anticolonial, militarizando-o também).