Em Cuba existe um processo revolucionário escolhido pelos próprios cubanos. Quem sou eu para dizer que a minha democracia é melhor que a deles? Houve um contexto histórico, um processo que continua em curso, não penso que no meu país e que o meu partido, possa um dia, no Portugal concreto, fazer no plano sistema político aquilo que os cubanos fazem, mas isso não invalida a minha profunda solidariedade com aquele povo cubano que resiste perante aquele vizinho que lhe faz o cerco e o estrangulamento económico. Mas para descansar, para o meu país eu quero aquela democracia onde a liberdade seja intrínseca, da democracia plural da existência de partidos políticos, de eleições livres
(
) Concerteza que em Portugal nós não faríamos isso [proibição pela autoridades cubanas de as Damas de Branco receberem o Prémio Sakharov atribuído pelo Parlamento Europeu]
(Jerónimo de Sousa, entrevista ao Público/Rádio Renascença)