Sexta-feira, 30 de Dezembro de 2005
Para o ano, cá nos encontraremos (julgo e desejo).
Quinta-feira, 29 de Dezembro de 2005
Quem não acredita,
arrisca-se. Votos de melhoras, acrescento.
Sou admirador das mulheres. Melhor dizendo, de mulheres. Ainda melhor dito: das mulheres que sejam mulheres. Precisando em mais fino: mulheres que me surjam como a mulher. Não por fetiche mas por prazer estético. Adicionando o tempero de um gosto íntimo de gostando-as, gostá-la. Talvez para eu poder continuar a gostar de ser homem e não ser mulher.
Mulheres em bando, como tribo eufórica e fechada, carregam-me o sobrolho. Cuido-me. O melhor que consigo. E zarpo se começo a ouvi-las tratarem-se, entre si, rebaixando-se, por cá-cá, li-li, mi-mi, té-té, lé-lé, ni-ni, fá-fá e xá-xá. Por me parecer que, assim, pelo menos acusticamente, essas mulheres se rebaixam à condição de ninhada de gatas.
Mas quando leio:
Mulheres, entre lágrima e esperança, entre dor e alegria, resistentes, muito, à vida e ao tempo. Começaremos mais um ano juntas, eu ajoelho de respeito. Porque sinto, cá dentro, uma mensagem mista de dor e valentia e que são, na minha escala, o melhor que se pode ter e dar.
Obrigado.
A construção da Europa é um projecto sempre em aberto. Sempre incompleto. Sempre contraditório. Nada fácil. Mas convidativo. Atraente. Irrecusável. A não perder com platonismos negacionistas ou exibicionistas, pregados pelos utopistas dos absolutos. Do tudo ou nada. Do mal e do bem. Do bonito e do feio. Do perfeito e do imperfeito. Da virtude e do pecado. Do social e da selvajaria.
Step by step, lá iremos.
[Digam lá se este não é um bom voto-desejo para 2006...]
Quarta-feira, 28 de Dezembro de 2005
Aqui. Imperdível.
E, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas benfiquistas. Antes assim, antes assim. E, confesso, vou-me habituando a gostar de gostar do
besugo (já gostava do
alonso e, por este andar, ainda acabo por - céus! - gostar também da
lolita). Uma "cambada" de sedutores, esta
tribo hiper-simpática e truculenta.
Pronto, o Cavaco descaiu-se. Fugiu-lhe a boca para a intenção. Meteu aquela da Secretaria de Estado, sem querer. Não foi por mal. Muito menos por ímpeto de ingerência. O mal dele, só esse, foi ter dado uma entrevista assim para o mal preparado e mal controlado pelos assessores.
Falar, está mais que visto, é o grande problema de Cavaco. Se fala, mostra-se. Se se mostra, borra a pintura. Mais as sondagens. Pior, os votos dos devotos.
Cala-te Cavaco. Se voltas a falar, ainda desatas a contar para os jornais quais são os Directores-Gerais que tencionas nomear. E, sabe-se, os jornalistas são uma corja de linguareiros, não sabem guardar segredos.
Se, em política, a organização não é tudo, anda lá perto. Assim, uma candidatura com um (ou dois, ou três) partidos na rectaguarda é uma coisa, ir lá sem aparelho no apoio, é outra. Não por muito mais, mas sobretudo pela organização. Pois, se o dinheiro é a alma do negócio, a organização é a alma dos partidos. E, com organização, até as almas se juntam em sinergia os partidos dão organização e ... também dinheiro.
Cavaquistas, soaristas, jerónimos & ecologistas, bloquistas mais eme-erres, estão, na actual corrida para Belém, em vantagem nítida sobre os outros, os sem ou acima dos partidos. Eles têm os seus aparelhos, logo têm organização. Mais o dinheiro da organização.
O cavaquismo faz, no meio disto tudo, a figura do parente rico. Tanto que é o que vai gastar mais massa a promover o seu produto. Os soaristas vêm logo a seguir. Mas estes fazem a bissetriz equidistante entre organização e fundos. Têm o seu dinheirinho farto mas bem contado, apostando sobretudo no fiel lubrificante da organização. Tanto que até já vemos o
Raimundo Narciso a gastar um post só para citar
Vital Moreira!
Agradeço à
chuinga o Prémio de Passageiro Frequente atribuído ao
Água Lisa.
Registo igualmente a referência de
José Pacheco Pereira a alguns posts sobre a sua biografia política sobre Álvaro Cunhal.