
Nada lamecha, nem sequer delicodoce, vera e bonita como era de esperar, esta evocação do
Fernando sobre a sua entrada nos quarentas:
Há dias e dias.
Há dias em que olhamos para trás com a ternura num olho e o desencanto noutro.
Há dias em que não temos a certeza do que queremos.
Há dias em que temos a certeza do que não queremos.
Há dias em que o futuro passa por nós à velocidade da luz.
Há dias em que o passado se senta à nossa frente.
Há dias em que é simultaneamente cedo e tarde demais.
Há dias que, sendo iguais a tantos outros, são diferentes e únicos.
Há dias em que apanhamos uma gripe filha da puta.
Há dias fodidos.
Há dias em que se faz quarenta anos.Parabéns, caro
Fernando.
De
fernando a 22 de Fevereiro de 2006 às 21:44
Caro João, muito obrigado pela sua referência a esta minha etapa mítica da vida. Parafraseando o seu título, que venha o depois (que está já aqui à porta) e, de preferência, sem gripes. Um grande abraço.
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