Segunda-feira, 17 de Setembro de 2007
Estou em nova casa com varanda para os pátios onde se estendem as palavras. Se a varanda é estreita, a vista tem vontade de querer ser larga sobre o mundo e as pessoas que ele vai aguentando dentro de si. Vão lá, se vos aprouver. Aqui ficam os textos em arquivo (Dezembro 2005 a Março 2006).
Nota: Antes deste
Agua Lisa (5), estive nestas moradas (onde se conservam textos em arquivo):
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Bota Acima-
Agua Lisa (1) -
Agua Lisa (2) -
Agua Lisa (3) -
Agua Lisa (4)
Segunda-feira, 6 de Março de 2006

Assim sendo, tendo em conta o sucesso mais o falatório, o marketing e a alegria
gay, ainda os
três Óscares na montra, felizmente resta-me a memória do imortal Gary Cooper. Quando meteram o John Wayne a fazer de émulo-sucessor canastrão do inimitável e único Gary, em que o longo olhar matava mais que a pistola, eu devia ter logo desconfiado que ia dar no que deu. Não desconfiei, pois não, agora aguento, aguentemos.
Domingo, 5 de Março de 2006

Com a treta dos
Óscares e da tarde com sol morno e bom, mais dois jogos de bola, ia-me passando uma importante efeméride de hoje. A do falecimento do sujeito que, mestre na crueldade, no crime, no genocídio e na perfídia, assassinou mais comunistas que Hitler, usando e abusando da sua qualidade de supremo dirigente comunista. Obrigado
JG.
- Tu sabias que o Marco tem um blogue faz agora dois anos?
- E depois?
- Mulher de pouca fé!- Fé?
- Fé! Sim, Bahá. Estamos a falar do blogue que consegue ser o mais prosélito e o mais simpático da blogosfera.- Ah
Já podias ter dito.
- Disse!

Por aqui, quase tempo de ir à praia
Com agasalho, à antiga, é claro.

Há jogos em que me apetecia perder! (*)
(*) -
Depois de ver o Estrela da Amadora Benfica
Nota: Descansem. Já estou recomposto. Foi bom. Mais três pontos.
Sábado, 4 de Março de 2006

A chuva fria ameaça enfiar-nos dentro da concha. Não sei se dura ou se é um mero prenúncio de despedida invernosa. Oxalá não seja menos que um cântaro bem cheio pois não há água, por mais que seja, que não nos vá bem servir para depois regarmos o estio, esse rigor maior. Se a minha profecia, por mor da terra, se cumprir, abriguem-se mas nunca percam o primeiro pretexto para espreitarem o mundo. Porque a vida, estando dentro de nós, só começa, como vida, passando as janelas. Resumindo: abriguem-se e vivam. E gostem-se.
![mario_p_andrade06[1].jpg](http://agualisa5.blogs.sapo.pt/arquivo/mario_p_andrade06[1].jpg)
Voltando à figura singular e marcante da gesta de africanização do espaço colonial de usurpação portuguesa, devolvendo África aos africanos, por Mário de Andrade e que
aqui tratei (*), a não perder a espantosa nota de encontro e de biografia elaborada por Fernando Correia da Silva e transcrita no blogue do meu amigo e académico guineense
Leopoldo Amado.
(*) Lembro um parágrafo:
Só lendo e entendendo o labor de formulação política de Mário de Andrade, é possível procurar perceber como foi possível que, do seio de sociedades coloniais primarizadas, sem elites minimamente significativas entre os nativos, elaborando o florescimento prolixo e contraditório do nacionalismo africano e juntando-lhe (depois libertando-se do seu constrangimento) a experiência do antifascismo metropolitano, com a sua matriz marxista, foi possível combater e vencer o colonialismo europeu mais persistente e mais resistente, mais fechado e mais serôdio (e que, ao resistir durante treze anos pela guerra sem quartel, acabou por dar a outra componente de identidade, estruturação e consistência à causa anticolonial, militarizando-o também).
Sexta-feira, 3 de Março de 2006
![1114965150_extras_fotos_gente_0[1].jpg](http://agualisa5.blogs.sapo.pt/arquivo/1114965150_extras_fotos_gente_0[1].jpg)
O pagode da apodrecida família real inglesa vai de ridículo em ridículo. E não entro, por não querer entrar, nas historietas de alcova e de cornaduras. Essas fazem parte dos seus dramas íntimos e das libidos formatadas no snobismo irremediavelmente decadente. Interessa-me mais, muito mais, a comédia e a farsa da aberração monárquica.
Pois, a Camila (a Carlota) vai ser Coronel de Fuzileiros. Nomeada pela sogra rainha Isabel. Como se pode ler
aqui. E sobre a unidade que a Coronel Camila vai comandar, consulte-se
aqui.
Felizmente para a monarquia, os Fuzileiros, sendo uma tropa de elite (aqui, tudo bem), dedica-se a operações anfíbias. E aí, água e lama fazem parte do meio. Sendo substância, não salpicam.