Falemos simples. Eu não acredito que haja o mínimo risco de sermos islamizados. Não creio que eles avancem a ocidente da Bósnia e da Turquia (se a UE não desatar a importar turcos como hoje se importa a quinquilharia chinesa). Aqui, entre nós, plantarão uma tantas mesquitas nos subúrbios para acompanharem os seus rituais nas vagas migratórias. E assim farão parte enriquecedora do nosso folclore multiétnico como os pastéis de bacalhau, o tinto e a bandeira das quinas fazem parte do património de identidade de raízes dos emigrantes lusos na Alemanha ou na Suiça. Aqui, Corão e Mahomé não terão mercado além dos movimentos sociais dos seus clientes estabelecidos entre as vagas dos deserdados dos petrodólares. E admito que nunca serão tantos que nos afoguem. Assim, desejo-lhes que estejam bem, não se chateiem nem nos chateiem.
O problema aqui é com os homólogos aparentemente simétricos. Mas tão iguais na profundidade da pulsão da superioridade dominante. Os de crucifixo levantado na mão. Os que têm vontade de escrever como este já escreve:
"Criei-me ouvindo, da boca de toda a gente, à minha volta, sem contestação, a sentença da sabedoria popular que, na sua linguagem de incomparável força e beleza, diz assim: 'há coisas com que não se brinca'." (Mário Pinto, Público de hoje)